segunda-feira, 27 de abril de 2015

Coaching: lindo depoimento




Amigos,

Direto de um período sabático, compartilho mais um lindo depoimento de quem se permitiu fazer o processo de coaching aqui no Espaço do Bem-Estar:



"Feliz Ano Novo! Depois de ter presenciado a chegada do nosso 2015 e de ter acompanhado o Ano Novo vietnamita, eis que chega a virada para os tailandeses. 3 Anos Novos em 6 meses - muito propício para uma viagem de renascimentos e renovações, não é mesmo? Mais auspicioso ainda se considerar que esse é o meu ano; o ano da cabra no horóscopo chinês. Com todos os astros e calendários caminhando a favor, nada mais justo do que viver um semestre sabático incrível. E vivi.

O caminho até aqui não foi nada fácil. Começou daquela vez que, toda tímida, sentei na cadeira do Espaço e pedi para que você fizesse comigo o mesmo que havia feito com a Talitha. Queria para mim aquela mudança rejuvenescedora, aquela revolução que trazia brilho nos olhos. Queria para mim mais bigode chinês de satisfação do que franzidos na testa de preocupação.

Pouco a pouco fomos juntas trilhando o caminho para o meu autoconhecimento e, mais difícil do que isso, a minha autoaceitação. Pensei em desistir algumas vezes, é verdade. Não porque aquilo tudo não me fazia sentido, mas porque, como diz uma frase que um grande amigo certa vez me mandou, "por medo do desconhecido, as pessoas preferem sofrer com o que lhes é familiar". Hoje me sinto orgulhosa por ter ido até o fim; por ter concluído as sessões de coaching e por ter embarcado naquele avião mesmo com tremendo medo do desconhecido.

Quando comecei essa jornada não achei que viajaria para tão longe da minha zona de conforto. Aprendi, reaprendi e tive que reaprender tudo de novo. Revi meus valores, meus conceitos e pré-conceitos. Senti frio, senti calor, senti queimar a língua com pimenta. Vi beleza, vi pobreza e vivi o amor em suas diferentes formas. Conheci pessoas, ouvi histórias, compartilhei experiências. Encarei o mundo de peito aberto e encarei a mim mesma sem censuras; e aprendi que o autoconhecimento é tão difícil quanto desbravar o oriente - mas com certeza ambos são recompensadores.

Certo dia, olhando o mar, o vento me sussurrou ao pé do ouvido. Por trás do medo de levar uma vida medíocre estava o medo de não ser feliz. Feliz. A minha e tão minha real felicidade. Mas como ela é? Como encontrá-la? Como irei reconhecê-la? Com que ela se parece?

Aqui, há tantos mil quilômetros de casa, eu podia fazer o que eu quisesse, eu podia estar onde eu quisesse, mas acima disso tudo, eu podia ser quem eu quisesse. Então me despi de mim mesma e fui uma cientista da minha própria jornada.

Aboli calças apertadas, deixei de lado a maquiagem que há tanto tempo me escravizou com o propósito de não parecer tanto com o meu pai. Dormi o tanto que eu quis, comi tudo que deu vontade e usei as roupas mais coloridas que tinha. Perdi a vergonha de tentar e aprendi com os indianos a ser mais autêntica. Vergonha pra quê? E por quê?

Fiz amigos com quem não troquei uma só palavra, pois sequer falávamos o mesmo idioma. E foram as amizades mais sinceras que já tive. Fiz grandes amigos que até hoje nem sei o nome. Tudo bem, não importa. Se for Maria, João ou Nyoman, tanto faz. Eu mesma mudei de nome. Tive que usar um apelido nessas terras em que ninguém consegue pronunciar "Letícia". Durante meses fui a "Litchi" (lichia), apelido dado por um carinhoso pequeno amigo indiano pela proximidade sonora com o meu nome e com a blusa vermelha que usei todos os dias nas cidades frias. Mal sabe ele que veio muito bem a calhar: a fruta sempre foi a minha predileta.

Revi a minha vida, relembrei cada momento presente na memória - principalmente os mais escuros, doloridos e vergonhosos. Jurei a mim mesma que doeria, mas doeria pela última vez. Pouco a pouco a minha mente começou a substituir os pensamentos negativos por lembranças radiantes. A "vaca", como você chama, continua gritando, mas cada vez menos eu a dou ouvidos.

Aprendi a praticar o "Il bel far niente" (a beleza de não fazer nada), que ensina a Liz Gilbert em Comer, rezar e amar - um bom aprendizado para a workaholic aqui. Vi que em muitos lugares do planeta as pessoas não trabalham 24hs por dia e são bem sucedidas e felizes. Esse estilo de vida focado no trabalho é ótimo para o sistema capitalista, mas péssimo para o ser humano. Ninguém merece viver tão estressado.

Adotei como mantra a filosofia do Vipássana de que "tudo passa" e o "aqui e agora". Tudo passa - a felicidade passa, a tristeza passa, o desconforto passa. Quando eles vêm, presto atenção, os vejo indo embora e fica tudo bem. Assim tento manter o equilíbrio e não ser tanto "8 ou 80". Tento focar no presente, sem ficar no passado ou no futuro. Ouvi uma guru dizer que os animais são plenos por viverem o momento presente. Olhe agora para o Malbec - não é verdade?

De qualquer forma, daqui alguns dias desembarco no Brasil e um novo ano se iniciará. O retorno acompanha algumas dúvidas, incertezas e desafios. Mas não me preocupo - lidarei com eles quando chegar a hora. A resolução, em contrapartida, eu já fiz: quero vitalidade para o meu novo ciclo. Quero essa vontade de viver, quero manter essa maneira nova de sentir a vida, quero esse jeito amigo de ouvir meu coração.

Quando a vontade de mudança foi semeada, você me ajudou no cultivo. E posso dizer que hoje estou florescendo. Muito, muito obrigada.

Obrigada por ter começado em mim um processo tão bonito e gratificante."

Litchi


Coaching - Entenda melhor o que é: Clique aqui.

Abraços,

Tati :-)
41 3528.2312
41 9244.2312
tatiana@espacodobemestar.com
Facebook
Twitter
Linkedin

Nenhum comentário: